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H225M Naval: O helicóptero “Ship Killer” da Marinha do Brasil
Ship Killer
setembro 14, 2021

H225M Naval: O helicóptero “Ship Killer” da Marinha do Brasil

Fonte: https://www.defesaaereanaval.com.br/ | por Guilherme Wiltgen

O H225M Naval, designado na Marinha do Brasil (MB) como AH-15B, se distingue de todas as outras versões do modelo H225M em uso nas três Forças por possuir uma complexo sistema Sistema Tático de Missão Naval (TDMS – Tactical Data Management System), desenvolvido e fabricado sob a liderança da Helibras em colaboração com a ATECH e ADS, responsáveis pelo sistema tático de Missão Naval, que é o coração da integração do míssil com a aeronave e sensores, e conta também com a participação da Avibras e Mectron, que realizam a motorização do míssil Exocet AM39 B2M2, fabricado pela MBDA.

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A entrada em serviço do AH-15B no 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2), vai trazer de volta à MB a capacidade de empregar a versão ar-superfície do consagrado míssil anti-navio AM-39 Exocet, perdida com a baixa do SH-3A Sea king em 2012.

O AM-39 possui um alcance superior a 70Km e, dependendo da altitude e velocidade da aeronave, o míssil permite que a aeronave permaneça fora da faixa de defesa aérea inimiga. Ao realizar um ataque a baixa altitude, o míssil também pode ser lançado sob a cobertura radar do navio alvo, ingressando em uma altitude muito baixa sobre o mar (sea skimming).

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Outro diferencial é o Sistema Tático de Missão Naval (TMDS) instalado no H225M. Esse sistema se baseia no SAMSARA, Sistema de Gerenciamento de Missão da CASSIDIAN, e permite ao comandante da missão uma consciência situacional e também o controle de armas e sistemas de autoproteção, podendo avaliar no próprio cockpit, uma situação tático-operacional complexa e, em coordenação com o operador do console tático na cabine do helicóptero, autorizar o lançamento do míssil AM39 nas melhores condições. Portanto, o TDMS aprimora a detecção em tempo real de movimentos na superfície, provendo a aeronave de tempo suficiente de reação.

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O H225M ASuW possui o radar APS-143(C)V3, o mesmo já utilizado pelo SH-16 Seahawk, uma câmera IR e detector a laser para rastrear alvos, além de equipamento para gravação de vídeo e voz, modernos sensores integrados de autodefesa Saab IDAS (Integrated Defensive Aids Suite) composto por RWR (Radar Warning Receiver), LWS (Laser Warning Systems) e MAWS (Missile Approach Warning Systems) com cobertura de 360°, que proverão capacidade de detectar radares e mísseis inimigos, aumentando a capacidade de sobrevivência da aeronave, além de possuir lançadores de Chaff e Flare.

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versão operacional também incorpora o AIS (Automatic Identification System), que permite receber os dados transmitidos pelos navios mercantes, possibilitando a compilação do quadro tático, reduzindo a carga de trabalho dos tripulantes e facilitando a identificação e correlação dos alvos.

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O AH-15B também possui full glass cockpit compatível com o uso de OVN (Óculos de Visão Noturna – NVG), proteção balística (blindagem) reforçada, gancho (cargo hook) e guincho (hoist) duplo. Possui capacidade de realizar HIFR (Helicopter In-Flight Refueling) com os navios da Esquadra, inclusive naqueles onde não seja possível pousar, de forma que a aeronave possa permanecer “on-station” por mais tempo.

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A Helibras apresentou o H225M Naval em 25/10/16, em sua fábrica em Itajubá/MG, a versão operacional do seu helicóptero H225M configurado para Guerra Anti-Superfície (ASuW – Anti-Surface Warfare), armado com dois mísseis ar-superfície AM 39 Exocet B2M2, em voo pela primeira vez. O BRA 005 é o mais complexo helicóptero produzido e desenvolvido pelo Centro de Engenharia da Helibras, especialmente para a Marinha do Brasil dentro do programa H-XBR.

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A Marinha do Brasil passará a contar com o helicóptero naval mais letal em uso atualmente na América Latina, desenvolvido para atuar nos mais modernos teatros de operações que envolvam a guerra de superfície (ASuW).

Embarcado no NAM Atlântico (A 140) ou NDM Bahia (G 40), o braço aéreo armado mais longo da Esquadra brasileira, vai promover um ganho operacional na proteção da Amazônia Azul.

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