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Balística Forense – Conceitos e Definições
balistica forense
dezembro 8, 2015

Balística Forense – Conceitos e Definições

Fonte: Referências | TRATADO DE PERÍCIAS CRIMINALÍSTICAS – PORTO ALEGRE | Domingos Tochetto | Sagra – DC Luzzatto Criminalistíca Forense

Arma: é todo objeto que pode aumentar a capacidade de ataque ou defesa do homem. Podem ser próprias ou impróprias. As armas próprias são aquelas feitas pelo homem com a finalidade de serem usadas como armas (pistola, fuzil, revolver etc.). As armas impróprias são aquelas que eventualmente podem ser usadas por um indivíduo para matar ou ferir seu semelhante (martelo, machado, foice, etc.).

Balística: é uma parte da Física Aplicada que estuda os projéteis (sua trajetória, os meios que atravessam etc.) e as armas de fogo.

Portando, a balística é uma ciência forense composta de diversos métodos de análise e identificação criminalística, dentre eles encontramos a balística que em sua primeira definição é a parte da física (mecânica), que estuda o movimento dos projéteis (considera-se como projétil todo corpo que se desloca livre no espaço em virtude de um impulso recebido), justificada plenamente como uma disciplina autônoma em seus métodos de pesquisa e aplicação criminalística. Assim sendo, podemos dizer que a balística é a ciência da velocidade dos projéteis.

Balística forense: é uma disciplina, integrante da criminalística, que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos dos tiros por elas produzidos, sempre que tiverem uma relação direta ou indireta com infrações penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência.

Balística forense é universalmente utilizada para a análise e a identificação das armas de fogo, dos projéteis e dos explosivos, em particular para a criminalística a balística é importante no conhecimento e reconhecimento das armas de fogo; dos projéteis e dos cartuchos vazios; dos explosivos, formadores da munição; do confronto do projétil com a arma que efetuou o disparo.

Armas de fogo: são instrumentos que utilizam a grande quantidade de gases produzidos pela queima instantânea de uma carga, constituída por um combustível seco (pólvora ou sucedâneo) como forma de propulsão dos projéteis. Esta queima somente ocorre na presença de “chama viva” (que era como se detonavam as armas de fogo antigas: canhões, bombardas, arcabuzes, bacamartes, garruchas etc., com o auxílio de um pavio acesso). Daí a necessidade de existir nos cartuchos uma segunda mistura combustível, capaz de se acender (inflamar) quando golpeada. Esta forma parte da espoleta ou escorva.

Divisão da balística: Segundo os estudos que são submetidos à balística forense, esta pode ser dividida em: balística interna, balística externa e balística dos efeitos.

Balística forense

a) Balística interna: conhecida também como balística interior, é a parte da balística que estuda a estrutura, mecanismos e funcionamento das armas de fogo, o tipo de metal usado na sua fabricação bem como, a sua resistência às pressões desenvolvidas na ocasião do tiro.

As armas de fogo são criteriosamente analisadas nesse ramo da balística forense, assim sendo, além do estudo do funcionamento das armas, da sua estrutura e mecanismos, este ramo da balística descreve até mesmo as técnicas do tiro.

b) Balística externa: conhecida também como balística exterior, estuda a trajetória do projétil, desde a saída da boca do cano da arma até a sua parada final (repouso).

A balística exterior analisa as condições do movimento, velocidade inicial do projétil, sua forma, massa, superfície, resistência do ar, a ação da gravidade e os seus movimentos intrínsecos.

c) Balística dos efeitos: conhecida também como balística terminal ou balística do ferimento, estuda os efeitos gerados pelo projétil desde que abandona a boca do cano até atingir o alvo.

Portanto, essa divisão da balística forense busca analisar e descrever os efeitos causados pelos disparos com armas de fogo. Dentre seus objetos de análise estão os impactos dos projeteis, os ricochetes desse durante sua trajetória, as lesões e danos sofridos pelos corpos atingidos. Visando a partir de métodos científicos identificar os efeitos causados pela arma que efetuou os disparos para que através dela haja uma futura identificação do criminoso e sua detenção.